segunda-feira, 25 de março de 2013


QUANDO NÃO CONSEGUIMOS FICAR SÓS
A dificuldade de estar só

Ficar sozinho, sem companhias ou distrações mentais, significa entrar em contato com tudo que tem de bom ou ruim que existe no nosso interior.

Entretanto, a maioria dos seres humanos está carregada de sentimentos, pensamentos e emoções que provocam um intenso barulho interno. Observe a sua mente que incessantemente pensa em uma coisa após a outra. E muitas dessas emoções e pensamentos são negativas e desagradáveis. Existe um ruído mental como se fosse um radio com um loucutor que não para nunca. Além de não parar, o que já traz cansaço e saturação mental, essa estação de rádio traz muitas notícias negativas que causam medo, tensão e estresse.

Quanto maior o barulho mental, ou seja, quanto mais estamos carregados de emoções e pensamentos, e quanto mais negativo é esse conteúdo, mais teremos dificuldade de ficarmos sozinhos.

A intensidade desse fluxo mental e a carga negativa que ele carrega varia muito de pessoa pra pessoa.

Quando esses níveis de desconforto interno se elevam, buscaremos várias formas de fugir de nós mesmo, buscando companhias e distrações mentais.

Existem aquelas pessoas que não conseguem ficar sem um relacionamento amoroso. Se a relação atual acabar surge um desconforto tão intenso que a faz buscar um novo relacionamento o mais rápido possível. Levadas por esse impulso, essas pessoas emendam um relacionamento atrás do outro e nunca conseguem passar um período mais longo sozinhas.

Problemas em sua autoestima, necessidade de reconhecimento e atenção, carências profundas levam a esses comportamentos.

Tem pessoas que precisam estar constantemente na companhia dos amigos. Ficam inquietas, tristes e ansiosas se não houver alguém disponível para sair ou conversar.

A interação com outras pessoas lhes serve para não entrar em contato com o seu desconforto interior.

Utilizamos mecanismos de fuga para não estarmos sós mesmo quando não temos nenhuma companhia.

Ficar na televisão por horas, ver muitos filmes, navegar incessantemente na internet, jogar no computador, trabalhar demais, estudar demais, são algumas outras formas de distrair a mente para não sentir todo a desagradável e excessiva carga de pensamentos e sentimentos que carregamos.

São atividades que podem tomar todo o nosso foco e atenção e trazem um aparente alívio.

Outra forma de fugir é viajar mentalmente. Sonhar acordado, planejar o futuro sempre, ou ficar imaginando como vai ser e que será melhor, deixando de viver o momento presente para não sentir todo o desconforto interior, é mais um mecanismo de defesa.

Outros vícios e compulsões também são formas de fugir de si mesmo. São coisas que dão prazer e podem ser utilizadas para mascarar temporariamente o desconforto interior: comida, sexo, jogo, compras e etc.

Normalmente utilizaremos várias dessas estratégias em momentos alternados para nos ajudar a fugir da nossa própria companhia: relacionamentos amorosos, interação com amigos, televisão, trabalho em excesso, viajem mental e etc.

A intensidade desse desconforto interior depende da carga que vamos acumulando durante a vida. Passamos por experiências que nos deixam impregnados com emoções negativas através de eventos que vivemos, coisas que ouvimos (da família, religião, televisão, e sociedade em geral) e coisas que testemunhamos.

André Lima – EFT

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